11 fevereiro, 2011

MOÇÃO DE CENSURA AO GOVERNO À VISTA...

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E O PRIMEIRO A SALTAR DO GALHO FOI... O BLOCO DE ESQUERDA!
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Nada que surpreenda. Todos os analistas, todos os politólogos, todas as inteligências televisivas (uma espécie em rápido crescimento em Portugal) eram unânimes na previsão de que «lá para Março», «ultrapassadas que fossem as eleições presidenciais», o plenário de S. Bento haveria de conhecer uma Moção de Censura ao Governo.
Portanto, a curiosidade residia só num ponto: Qual seria o primeiro «macaco a saltar do galho»? E o primeiro foi... o Bloco de Esquerda! Numa «jogada demasiado previsível» (como se diz na gíria do futebol) quanto aos seus fins, a bancada do «ácido» Sr. Louçã, que ainda há uma semana atrás dizia, mais coisa, menos coisa, não querer tomar posições que viessem a contribuir para a instabilidade política, pôs-se em bicos dos pés e aqui vai disto, tomem lá e entretenham-se.
Isto, enquanto cinicamente olhava para o vizinho do lado e mastigava entre-dentes que «este País não é para velhos» que pensam lento e agem ainda mais lentamente... Claro está que o «operário» Jerónimo de Sousa e o «coreano», perdão, «coriáceo» Bernardino, não devem ter achado piada nenhuma a esta jogada de antecipação (até há quem jure ter visto os cabelos em pé ao lugar-tenente Filipe) já que comunistas mais revolucionários do que eles não há e isto não era coisa que se fizesse ao PCP que, em matéria de moções, até já havia «baixado as calças» ao PSD!
Quem gostou à brava foi o «comandante insubmersível» Portas, desejoso como anda de ser «Ministro de qualquer coisa», quem sabe, do novo Ministério do Mar, pois é óbvio que sonha ardentemente subir o Tejo com a sua frota de submarinos, olhando o Terreiro do Paço do alto da torre do «Tridente» (se entretanto este não estiver no Alfeite «para obras»... ).
Quem não foi em euforias foi o Passos Coelho, pudera, nestas «festas» há sempre quem se divirta e saia cedo, deixando a conta por pagar a quem tem dinheiro, que é como quem diz, acesso ao corredor do poder. Não admira, pois, que vá dizendo para dentro, tenham calma que moções há muitas mas só a minha é que conta. Dizem que como Pilatos daí lavará as mãos, abstendo-se... Faz lembrar aquela história do «com o meu fato preto, nunca me comprometo». Será que se está tornar numa personagem de revista?
E em Belém? Daí, como de costume, é de esperar um «ensurdecedor ruído do silêncio»... Para mais o «inquilino» deve andar muito ocupado a pensar que justificações (aquelas que não deu quando da campanha eleitoral) há-de dar ao País sobre a permuta da Coelha (diz o Povo na sua infinita sabedoria «diz-me com quem andas e dir-te-ei quem és» sem ser preciso nascer ou morrer duas vezes) e o negócio privilegiado das acções SLN/BPN, matéria que a imprensa continua a tratar em moldes que nos deixam cada vez mais ansiosos por essa resposta que, bem o sabemos, nunca chegará.
Assim vão as coisas no «reino da macacada», onde a «banana» está cada vez mais cara e o Zé coça no «coco».