A cidade alemã de Frankfurt, a dos «arranha-céus» e dos parques verdes, dos banqueiros e dos filósofos, das putas e dos crentes, das finanças e da cultura, a das avenidas «abertas à bomba» na II Guerra, a das «catedrais que não são catedrais» e das «igrejas que não são igrejas», impressiona pela sua juventude e irreverência, atributos que contrabalançam o título de maior centro financeiro da toda poderosa Alemanha.
Logo nos arredores surgem-nos as hortas citadinas, a exemplo de outras cidades alemãs, suiças ou francesas. É aí, em terrenos públicos postos à sua disposição, que os habitantes da cidade se desenfastiam dela enfiando as mãos na terra e fazendo crescer todos as plantas hortícolas que depois levam à sua mesa com o prazer suplementar de terem sido eles a produzi-las. Um exemplo a seguir nos municípios portugueses.
Aposto que não advinham qual o combustível que fazia mover este veículo que, na ocasião, atravessava o centro histórico. Electricidade? Frio... Era Cerveja! A cerveja que bebiam enquanto davam aos pedais. E por ali circularam divertidos e cantando!

Frankfurt tem também uma arte de rua espectacular. Alegrando os modernos e por vezes frios edifícios, lá está ela, irreverente, divertida e desconcertante como a própria cidade...

Esta cidade é também aquela que no país acolhe o maior número de estrangeiros, os quais aí trabalham ou estudam. Aqui eram iranianos que exibiam as fotografias da repressão que o regime tenta que o Mundo não veja.
Frankfurt tem também uma arte de rua espectacular. Alegrando os modernos e por vezes frios edifícios, lá está ela, irreverente, divertida e desconcertante como a própria cidade...
Mais adiante, era uma manifestação de «educadores de infância» em luta por melhores salários, manifestação essa organizada pelos Verdes e pelos Sociais-Democatras. O meu alemão não deu para perceber quanto ganhavam, nem quanto gostariam de ganhar. Mas garanto-vos que a manifestação era alegre, tinha boa música, um dos senhores no palco cantava bem e o ambiente entusiasmava à participação. Que diferença... Ali não se descarregava bílis nem arremessava bonés. Fez-me lembrar as nossas manifestações dos primeiros tempos após Abril e até apetecia saltar lá para dentro e...saltei!