11 agosto, 2013

TÉCNICAS E OFÍCIOS ANTIGOS

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A "TRAINEIRA" QUE EU VI NASCER
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Peniche, importante porto de pesca no litoral Oeste, possui também e como é lógico, a sua indústria de construção naval. Mas, como não podia deixar de ser essa indústria tem vindo a modernizar-se, pelo que hoje será raro assistirmos à construção de uma traineira em madeira, segundo as ancestrais regras do ofício.
Aí há já alguns anos (10, 12, 15? Não posso precisar), passeava eu à entrada de Peniche pela que hoje  é conhecida como a "Praia da Gamboa", quando reparei que no antigo estaleiro, hoje desaparecido, se iniciava a construção de uma "traineira", barco de pesca tão característico das nossas águas. Aí agarrei na minha velha Yashica analógica (que me havia custado 250$00 em 1973 - e a prestações - e durou até à era digital, sendo hoje, com toda a dignidade, objecto de decoração) e fiz as primeiras fotografias, enquanto dizia para comigo que sempre que viesse a Peniche havia por ali passar para ver o estado de andamento dos trabalhos e voltar a fotografar.
E assim aconteceu. Não totalmente, porque era minha intenção assistir ao «bota-fora» para fazer as últimas fotos... Mas tal não viria a acontecer por motivos imponderáveis. Ontem, quando estava a digitalizar estas fotografias, tive a ideia de aqui as deixar. Não estão assim tão envelhecidas (passaram por um programa digital de envelhecimento). Legendas, também não há, pois nada percebo de carpintaria naval, simplesmente achei piada à construção que, em certas fases, mais parecia escultura abstracta em madeira. Espero que gostem.
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